segunda-feira, 28 de março de 2011

USO TERAPÊUTICO DA MACONHA (Cannabis sativa)

Alguns séculos atrás a maconha era utilizada na botica (atual farmácia) para a “purificação da alma” e tratamento da ansiedade, no entanto, seu uso foi proibido no século XX porque estudos comprovaram seus efeitos nocivos à saúde humana. Atualmente, há um esforço conjunto de grandes centros acadêmicos e da indústria farmacêutica para a realização de estudos relacionados aos usos e efeitos terapêuticos de algumas substâncias que compõem a maconha. Devido a isso, ela está em debate para a legalização na terapêutica, visto que seu efeito benéfico no organismo é devido, principalmente, a dois de seus componentes: o canabidiol e o THC (tetrahidrocanabinol).

A opinião de muitos pesquisadores é que a intenção não é defender e incentivar o consumo popular das drogas, e sim disponibilizar mais uma alternativa terapêutica no mercado. O que ocorre é a existência de um preconceito existente em relação a essas substâncias devido ao fato de serem consideradas drogas ilícitas, proibidas em muitos países, havendo uma tendência da sociedade e de alguns profissionais da área científica de só enxergar o lado negativo dessas substâncias. No entanto, a codeína e a morfina, por exemplo, são derivadas do ópio e, no entanto, são medicamentos valiosos para a medicina.

Nos estudos realizados até o momento a maconha pode ter utilidade terapêutica em: analgesia, na melhora dos espasmos provocados pela esclerose múltipla e pela lesão parcial da medula espinhal, como antiemético para pacientes em tratamento oncológico e pacientes em uso de antirretrovirais, para a terapêutica do glaucoma, como estimulante do apetite (larica). Assim, a sua utilização na terapêutica seria interessante contanto que fosse avaliado o risco x benefício para cada paciente, bem como idade, estado imune e desenvolvimento da doença, porque embora a maconha apresente todas essas atividades terapêuticas devido ao THC, não há publicações de que sua eficiência no tratamento dessas doenças seja superior ou equivalente à terapia existente, uma vez que a maconha possui vários outros componentes que não tem seus efeitos estudados, e que podem trazer muitos riscos à saúde. Isso se dá principalmente quando seu consumo ocorre através da inalação da fumaça durante a prática do fumo, pois ela possui substâncias tão cancerígenas quanto o tabaco.

O modo mais correto de se utilizar as propriedades terapêuticas da maconha seria o desenvolvimento de medicamentos a partir do THC como uma substância pura e isolada devendo estes serem considerados como medicamentos de uso controlado vendidos apenas com retenção da receita. Deve-se ainda fazer um monitoramento dos pacientes, devido ao risco de dependência advindo de seu uso.

Assim, acreditamos que o uso terapêutico da maconha sob a forma de droga vegetal contendo tanto o THC como as substâncias nocivas, único modo pelo qual ela encontra-se disponível atualmente, não deva ser legalizado, pois além do fato de que essas substâncias nocivas podem trazer prejuízos à saúde, ainda existe a questão do aumento do seu uso como droga de abuso, caso não haja um método efetivo de controle de sua venda.



REFERÊNCIAS

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3677

http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/29/artigo27356-1.asp

http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1537

http://www.ibvivavida.org.br/noticias.asp?id=1119

FONTE IMAGEM http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/29/artigo27356-1.asp


 

quinta-feira, 10 de março de 2011

APOLOGIA AS DROGAS NO CARNAVAL

O Carnaval é uma data festiva para os brasileiros, sendo a festa mais esperada do ano. É o momento de maior diversão para os foliões. Entretanto, nesta época ocorre um aumento do consumo de drogas na busca de intensificar as “viagens” das festas carnavalescas, bem como adquirir resistência física, disposição e vigor para aguentar os 4 dias de comemoração. Porém, isto pode acarretar prejuízos como a famosa ressaca e uma série de outros problemas, entre eles a overdose, podendo levar à morte, transformando a diversão em pesadelo, e ainda há a questão da dependência química, que tem aí seu marco de iniciação. Pesquisas indicam que em cada 5 alunos universitários, 1 já fez uso de droga e que 70% deles ficam dependentes.


Independente de serem ingeridas, injetadas, inaladas ou absorvidas pela pele, as drogas entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro alterando todo seu equilíbrio,levando o usuário a reações agressivas.

Entre as drogas mais utilizadas nesta época de Carnaval aparece com destaque o lança-perfume, seguido pela maconha, cocaína, LSD, ecstasy, além de outras e uma nova “droga”: a buzina do barulho que é largamente utilizada neste período de festa.

Conheça os principais efeitos e prejuízos à saúde decorrentes do uso destas drogas:

LANÇA – PERFUME: é uma mistura de clorofórmio, éter, cloreto de etila e essência perfumada, que é utilizado através do esguicho em um pano seguido da aspiração pela boca ou direto no frasco, provocando tontura, falta de coordenação motora, marcha instável, desmaio, além de seu grande risco de causar morte por parada cardíaca, e até casos de coma.

MACONHA: conhecida também como marijuana, fumo, erva, a Cannabis sativa, apresenta efeitos variáveis de acordo com a concentração de THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) na erva consumida, dentre os quais os mais frequentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia, podendo o usuário em contínua exposição apresentar problemas como bronquite, perda da capacidade respiratória e câncer de pulmão. Por reduzir a produção de testosterona, reduz também a capacidade reprodutiva. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção. Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.

COCAÍNA: é a droga da amoralidade, sendo proibida porque, além de causar dependência rapidamente, pode provocar grave depressão, delírio, náusea, irritabilidade, alucinação, ansiedade e convulsão. Apresenta constante perigo para os vasos sanguíneos do coração e do cérebro e risco de hipertensão arterial, com consequente ataque cardíaco. Destrói a mucosa interna do nariz, causando sangramentos.

CRACK: por ser mais barato, seu consumo é maior que o da cocaína, com efeitos menos duradouros. É uma droga estimulante, que apresenta uma terrível ação sobre o sistema nervoso central, causando dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, bem como sobre o sistema cardíaco, acelerando os batimentos e elevando a pressão arterial.

LSD (DIETILAMINA DE ÁCIDO LISÉRGICO): também conhecido como doce, ácido, gota, papel, microponto, é uma substância sintética que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como prejudicial à saúde. Podendo ser consumida por via oral, parenteral ou inalatória, apresenta efeitos duradouros como dilatação das pupilas, sudorese, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos, além de sintomas psíquicos como alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial, confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com angústia, dificuldade de concentração. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno onde são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la.

ECSTASY: é considerada uma droga extremamente perigosa, pois, aumenta a liberação de hormônio antidiurético, inibindo a eliminação de líquidos pelo corpo, levando à formação de edemas. Pode levar a quadros psicóticos e depressivos, além de causar taquicardia e danos vitais à circulação sanguínea, causando parada cardíaca. Afeta a serotonina, substância que regula o humor, a agressividade, a atividade sexual e o sono.

ÁLCOOL: embora seja considerado de uso lícito, seu uso abusivo pode trazer conseqüências dentre elas danos hepáticos, pois o fígado, principal órgão de metabolização de substâncias, não tolera exacerbada carga alcoólica. Apesar de ser uma droga psicotrópica, ela atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento. Em primeiro momento age como estimulante, gerando euforia e desinibição. Em seguida, age como depressor, ocorrendo descontrole, falta de coordenação motora e sono. Após adquirida dependência, sua abstinência causar confusão mental, distúrbios visuais, ansiedade, tremores e convulsões.

BUZINA DO BARULHO: as famosas buzinas ou cornetas do barulho são vendidas livremente no comércio, inclusive em lojas de brinquedos, e embora os avisos do rótulo avisem do risco, os gases (butano e propano) que saem de dentro delas estão sendo inalados por produzirem alucinação semelhante ao lança-perfume (efeitos alucinógenos, relaxantes ou desinibidores). Esses gases causam riscos severos ao sistema cardiorrespiratório e ao sistema nervoso central, bem como o barulho do sino no ouvido dos usuários, podendo levar à morte súbita.

SPECIAL K: também conhecida como Super K ou apenas K é usada, principalmente, em danceterias, causando sonolência, taquicardia, confusão, perda da memória e alucinações e ainda causar coma profundo. Por ser um derivado anestésico de animais com efeito alucinógeno e arrebatador, se associada ao álcool pode levar a parada respiratória e morte, mesmo em doses pequenas.

B-25: constituída principalmente por cloreto de metileno,substância usada em artesanatos, pode ocasionar tontura, perda da consciência, problemas respiratórios, náuseas, desmaios e convulsões. Seu uso frequente resulta em degeneração dos neurônios.

CIGARRO: droga com grande risco de dependência, pois a nicotina presente em um único cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Desta forma, dois dias após ter fumado um único cigarro, o indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo para manter seu equilíbrio químico e funcional.

REFERÊNCIAS
http://www.tudoagora.com.br/noticia/16080/Policia-Federal-contra-drogas-sinteticas-no-carnaval.html
http://listamedicos.com/as-drogas-mais-usadas-em-grandes-eventos/
http://despolitizado.blogspot.com/2009/02/o-perigo-das-drogas-no-carnval.html
http://www.drogasnuncamais.com.br/noticias_leia.php?cod=18
http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7867:prefeitura-libera-o-uso-de-drogas-no-carnaval&catid=29:dependencia-quimica-noticias&Itemid=94
http://jovempan.uol.com.br/entretenimento/2011/03/jp-alerta-consumo-de-drogas-aumenta-no-carnaval.html
http://tribunaregiao.com.br/cotidiano/noticias.php?idNot=22899
http://www.brasilescola.com/drogas/lsd.htm
http://www.brasilescola.com/drogas/maconha.htm
FONTE IMAGEM http://www.tudosobrexanxere.com.br/images/uploads/comad2.jpg (imagem alterada)